CRIAÇÃO DA VIDA

CRIAÇÃO DA VIDA
Respire, viva!

23/06/2015



TRAVE OU TRAVA

Ouço meus próprios passos trepidando nas calçadas,
mas temo não estar preparada para a chegada...
Não quero seguir os passos, desejo o diferente,
ser diferente, não copiar, seguir ou repitir velhas tragetórias.
Desejo escrever novas histórias, a minha própria, ser autora.
Mas quanto mais me distancio, busco, penso, menos chego.
As sensações são muitas, medo, angustia, ingratidão, não
sei o que posso ou não, sou menina ou mulher.
Se menina, sigo, segura pela mão, ao atravessar a rua da vida
com toda companhia da tradição.
Se mulher, sigo, assustada, temerosa, mas tentando uma autonomia
que precisa se auto-afirmar a cada novo dia.
Nos carros, ônibus, pessoas, ouço, vejo, experimento, combino ou
não, não importa, sigo, espero, revejo, caminho ouvindo meus
passos...chuto, nem sempre faço gol, bateu na trave.
O que falta?
Se sigo ou paro, sozinha ou acompanhada, é momento.
O que vale é estar no meu jogo, seguir meu rumo, tirando a trave do portão
que me prende na velha casa, sigo a rua, a estrada, se vou chegar pouco importa
prefiro arriscar...do que esperar o que não vai mudar nesta ou na outra casa, em
mim, no vizinho, no pai ou no irmão.
Cada um tem sua própria história, escolha, futebol e religião...Porquê é assim:
uns jogam para o gol, outros fecham o portão, cada um pode fazer o que quiser
nesta vida, neste chão.


Dlima, Mais um ciclo, outono/inverno

(retirado da internet)

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