TRAVE OU
TRAVA
Ouço meus próprios
passos trepidando nas calçadas,
mas temo não estar
preparada para a chegada...
Não quero seguir os
passos, desejo o diferente,
ser diferente, não
copiar, seguir ou repitir velhas tragetórias.
Desejo escrever novas
histórias, a minha própria, ser autora.
Mas quanto mais me
distancio, busco, penso, menos chego.
As sensações são
muitas, medo, angustia, ingratidão, não
sei o que posso ou não,
sou menina ou mulher.
Se menina, sigo, segura
pela mão, ao atravessar a rua da vida
com toda companhia da
tradição.
Se mulher, sigo,
assustada, temerosa, mas tentando uma autonomia
que precisa se
auto-afirmar a cada novo dia.
Nos carros, ônibus,
pessoas, ouço, vejo, experimento, combino ou
não, não importa,
sigo, espero, revejo, caminho ouvindo meus
passos...chuto, nem
sempre faço gol, bateu na trave.
O que falta?
Se sigo ou paro,
sozinha ou acompanhada, é momento.
O que vale é estar no
meu jogo, seguir meu rumo, tirando a trave do portão
que me prende na velha
casa, sigo a rua, a estrada, se vou chegar pouco importa
prefiro arriscar...do
que esperar o que não vai mudar nesta ou na outra casa, em
mim, no vizinho, no pai
ou no irmão.
Cada um tem sua própria
história, escolha, futebol e religião...Porquê é assim:
uns jogam para o gol,
outros fecham o portão, cada um pode fazer o que quiser
nesta vida, neste chão.
Dlima, Mais um ciclo,
outono/inverno
(retirado da internet) |
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